O cantor Gusttavo Lima teve sua prisão decretada pela Justiça de Pernambuco nesta segunda-feira (23). A decisão foi emitida pela juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, no âmbito da Operação Integration, que também resultou na prisão da influenciadora Deolane Bezerra. O processo está sob sigilo judicial, mas envolve a empresa Balada Eventos e Produções, de propriedade de Gusttavo Lima, que estava ligada a um jato Cessna Aircraft comprado pela empresa de José André da Rocha Neto, dono da Vai de Bet, e anteriormente adquirido por Darwin Henrique da Silva Filho, dono da Esportes da Sorte.
Na decisão, a juíza destacou a gravidade da situação, afirmando que Nivaldo Batista Lima (nome verdadeiro de Gusttavo Lima) “demonstrou uma alarmante falta de consideração pela Justiça” ao se envolver com foragidos. Além disso, foram levantadas suspeitas sobre movimentações financeiras relacionadas ao cantor, sugerindo uma possível ligação com atividades criminosas. A conexão entre a empresa de Gusttavo e uma rede de lavagem de dinheiro reforçou a necessidade de medidas severas.
Gusttavo Lima já se defendeu publicamente, alegando não ter “nada a ver com o jato” e criticando a inclusão de sua empresa no inquérito. Segundo ele, a aeronave já havia sido repassada e sua conexão com os investigados seria inexistente. No entanto, a investigação aponta que o jato transportou Lima e um casal de investigados em um trajeto que incluiu Goiânia, Atenas, Kavala, Ilhas Canárias e Grécia, levantando novas suspeitas sobre seu envolvimento.
Outro empresário, Boris Maciel Padilha, também teve sua prisão decretada no mesmo processo. A Justiça determinou ainda a retenção do passaporte e do certificado de registro de arma de fogo de Gusttavo Lima, reforçando as restrições impostas ao cantor. Até o momento, o artista não se pronunciou sobre o decreto de prisão, mas já havia expressado anteriormente sua insatisfação com o envolvimento de sua empresa na investigação.