Aliados de ACM Neto (UB) estão preocupados com a possibilidade de o ex-prefeito de Salvador ser rotulado como “viajante e turista” após receber críticas de adversários políticos nos últimos dias. A preocupação é de que essa imagem possa prejudicar sua atuação como principal nome da oposição na Bahia.
Na semana passada, o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) provocou Neto ao convidá-lo a “trabalhar” pela Bahia, insinuando que alguns opositores passam mais tempo no exterior do que no estado. Antes disso, o secretário de Relações Institucionais, Luiz Caetano, também alfinetou o ex-prefeito, mencionando suas viagens ao exterior desde que perdeu a eleição para o governo estadual em 2022.
Quinta-feira foi a vez do secretário de Cultura, Bruno Monteiro, cutucar Neto. Ele afirmou que o ex-prefeito poderá acompanhar as reformas do Teatro Castro Alves (TCA) “se estiver na Bahia” nos próximos anos, reforçando as críticas sobre a frequência das viagens internacionais de Neto.
Os aliados do ex-prefeito temem que sua imagem como líder oposicionista perca força, especialmente em um estado onde a população enfrenta desafios econômicos. A divulgação das viagens de ACM Neto para o exterior, que ganharam destaque na imprensa recentemente, contrasta com a realidade dos eleitores que o apoiaram em 2022, alimentando o receio de que ele possa perder legitimidade para criticar a gestão de Jerônimo Rodrigues (PT).