A posse de Guilherme Boulos como ministro da Secretaria-Geral da Presidência reuniu cerca de 2 mil pessoas no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (29), tornando-se a maior cerimônia de posse da história do governo Lula. O número de presentes superou em dobro a expectativa inicial do Planalto, que esperava cerca de mil convidados, refletindo a importância política e simbólica do novo ministro.
O evento contou com a presença de 20 ministros, dois governadores, dezenas de parlamentares e militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), do qual Boulos é uma das principais lideranças. Também participaram figuras de destaque do cenário jurídico, como o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, e o advogado-geral da União, Jorge Messias, recentemente indicado para o STF.
Em seu discurso, Boulos fez referência à chacina no Rio de Janeiro provocada pela Operação Contenção, comandada pelo governador Cláudio Castro (PL), que deixou mais de 120 mortos e se tornou a mais letal da história do país. O novo ministro pediu um minuto de silêncio em homenagem às vítimas, civis e policiais, e enfatizou que “o Estado não pode combater a barbárie com mais barbárie”, reforçando seu compromisso com direitos humanos e justiça social.
A cerimônia teve uma forte carga simbólica, marcada pela presença de movimentos sociais e lideranças políticas que destacaram o papel histórico de Boulos no governo. Para muitos, sua posse representa um reforço à defesa da democracia, dos direitos humanos e da inclusão social, consolidando sua atuação política agora em uma posição estratégica no Executivo federal.









