O presidente do Progressistas (PP) na Bahia, Mário Negromonte Jr., se pronunciou pela primeira vez sobre a criação da federação partidária União Progressista, formada entre seu partido e o União Brasil. A declaração foi feita durante entrevista ao programa “Jornal da Metrópole no Ar”, nesta segunda-feira (5), e trouxe à tona preocupações sobre os impactos da nova composição para o cenário político baiano.

Segundo o deputado federal, a principal inquietação tem sido quanto à liberdade dos prefeitos filiados ao PP em apoiar o governador Jerônimo Rodrigues (PT) nas eleições municipais de 2026. Ele revelou que tem sido procurado por lideranças municipais preocupadas com uma possível imposição da direção nacional da federação. “Tenho recebido ligações de prefeitos perguntando se vão ser obrigados a seguir a posição nacional”, contou.

Negromonte Jr. destacou que a maioria da Executiva estadual do PP deseja continuar alinhada ao governo estadual, e prometeu lutar por esse espaço de diálogo dentro da federação. “Eu respondo: vamos ter calma. A maioria da nossa Executiva quer continuar com Jerônimo, e eu vou levar isso para o presidente da federação”, afirmou, sinalizando disposição para negociar a permanência desse apoio.

O parlamentar ainda alertou para o risco de evasão partidária caso não haja abertura para respeitar os alinhamentos locais. “Se não houver espaço para isso, o partido vai perder quadros”, disse, deixando claro que a unidade interna dependerá da capacidade de conciliar os interesses estaduais com as diretrizes nacionais da recém-criada União Progressista.