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Governo chinês diz pela 1ª vez que soja do Brasil substitui grãos dos EUA

Pela primeira vez, o governo chinês reconheceu que a soja brasileira pode substituir os grãos dos Estados Unidos no abastecimento do país. A declaração foi feita por Zhao Chenxin, vice-diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, que afirmou que a perda das importações de grãos dos EUA não afetará o fornecimento de grãos na China, pois há substitutos disponíveis no mercado global e reservas internas suficientes. Zhao garantiu que, mesmo sem as importações americanas de soja, milho e sorgo, o fornecimento chinês de grãos continuará estável.

Essa afirmação acontece em um contexto em que a China, maior importadora mundial de soja, está prestes a receber uma quantidade recorde da oleaginosa da América do Sul entre abril e junho. O aumento das importações do Brasil, Argentina e Uruguai, que devem ultrapassar 30 milhões de toneladas, promete aliviar a escassez de oferta e reduzir os preços da ração animal. Essa estratégia de diversificação das fontes de abastecimento é uma resposta direta à guerra comercial entre EUA e China, iniciada com as tarifas impostas pelo ex-presidente Donald Trump.

Apesar de a safra brasileira ter começado de forma lenta, com alguns atrasos logísticos, a expectativa é de normalização no fornecimento com a intensificação das entregas. O centro de informações agrícolas da China destacou que as condições de suprimento devem melhorar com a chegada das novas cargas de soja, o que aliviará os efeitos da escassez recente e reduzirá os preços do farelo de soja. No entanto, o mercado chinês de farelo ainda sente os impactos dessa escassez, com preços elevados e estoques próximos do menor nível em cinco anos.

A expectativa é que, com o aumento das importações da América do Sul e a normalização da safra brasileira, a China possa continuar suprindo suas necessidades de grãos sem grandes impactos econômicos. O fortalecimento das importações do Brasil reflete não só uma adaptação à nova realidade comercial, mas também uma mudança estrutural nas fontes de abastecimento da China, que cada vez mais depende da América do Sul para garantir seu abastecimento alimentar.

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