A sessão da Câmara de Vereadores de Itapé, realizada nesta terça-feira (09/09), foi marcada por um lamentável espetáculo de agressões verbais e acusações gravíssimas entre parlamentares. A vereadora Tiara de Fredo (Solidariedade) acusou o colega Denilton do Porco (Podemos) de envolvimento em um homicídio, afirmando que ele “não deveria estar no Legislativo, mas sim no banco dos réus”. Denilton reagiu à altura, disparando que a vereadora também teria um “passado sujo”.
O embate acalorado expôs não apenas rivalidades políticas, mas também um nível de conduta incompatível com o decoro parlamentar. O plenário virou um verdadeiro campo de batalha verbal, diante de uma plateia perplexa e indignada. As trocas de acusações pessoais — sem qualquer base legal apresentada — mancharam mais uma vez a imagem da Câmara, que deveria ser um espaço de debate responsável e comprometido com o interesse público.
O episódio acendeu o alerta entre moradores da cidade, que cobram mais responsabilidade e maturidade dos seus representantes. Comentários nas redes sociais questionaram a falta de controle da situação por parte da presidente da Câmara, Ive de Reinaldo, que não conseguiu impor a ordem nem garantir o mínimo de respeito entre os parlamentares. A sensação é de que a Casa Legislativa se transformou em um palco de brigas políticas e pessoais, longe das reais demandas da população.
Diante da gravidade das acusações, é esperado que o caso tenha desdobramentos éticos e jurídicos, inclusive com a possível abertura de processos no Conselho de Ética da Câmara. Mais do que discursos inflamados, a comunidade espera atitudes firmes, investigações sérias e, principalmente, um compromisso real com a ética pública e o respeito à instituição que os vereadores representam. Se o tom da política local continuar nesse nível, a maior vítima será, sem dúvida, a democracia.