A direção do Barcelona de Ilhéus anunciou oficialmente o desligamento do técnico Adriano Souza após os recentes resultados considerados insatisfatórios na Série D do Campeonato Brasileiro. Em nota divulgada na manhã desta segunda-feira (28) , o clube informou que a decisão foi tomada em comum acordo entre as partes. A saída ocorre após apenas dois empates: 0 a 0 com o Penedense e 2 a 2 contra o Lagarto, no estádio Agnaldo Bento. Segundo fontes ligadas ao clube, o anúncio de um novo treinador deve acontecer nos próximos dias.

Adriano Souza deixa a Onça com um retrospecto de sete partidas, somando apenas uma vitória, quatro empates e duas derrotas. Antes de chegar ao Barcelona, o treinador já havia tido uma passagem rápida pelo Atlético de Alagoinhas, também sem sucesso no Campeonato Baiano. Apesar dos números modestos, a troca constante de técnicos começa a levantar dúvidas sobre os reais motivos para o desempenho abaixo do esperado, principalmente em um clube que, mesmo após conquistas como a classificação para a Copa do Nordeste e a Copa do Brasil, foi eliminado precocemente em ambas.

Entre os torcedores, o clima é de desconfiança. Muitos questionam se dois empates seriam motivo suficiente para a queda do técnico. Afinal, será que os jogadores estão realmente se doando dentro de campo? Ou será que a culpa, tão rapidamente atribuída à comissão técnica, deveria ser melhor analisada? Fica a dúvida: será que mudanças no comando técnico são, de fato, a solução para os problemas que o Barcelona de Ilhéus enfrenta?

A reflexão mais profunda que se impõe é se o problema do Barcelona não é estrutural. Gestão, planejamento, elenco e apoio institucional precisam ser avaliados com seriedade. Trocar de treinador pode até aliviar a pressão momentânea, mas sem uma revisão crítica e interna das bases do clube, o time corre o risco de seguir acumulando frustrações — em campo e fora dele.