O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode ser declarado “persona non grata” na Bahia. A proposta partiu do deputado estadual Robinson Almeida (PT), que apresentou uma moção de repúdio na Assembleia Legislativa da Bahia após a imposição de tarifas elevadas contra exportações brasileiras. Segundo o parlamentar, as medidas adotadas por Trump resultaram na perda de cerca de 10 mil empregos e um prejuízo de mais de 2 milhões de dólares para a economia baiana. “Quem toma essa atitude é uma pessoa não grata aos baianos, pois prejudica nossa economia e impacta diretamente a vida das pessoas”, declarou ao BNews.
Robinson Almeida ainda criticou o apoio que Trump recebe de “falsos patriotas” no Brasil, destacando o envolvimento da família do ex-presidente Jair Bolsonaro. “O próprio filho dele, que está nos Estados Unidos defendendo essas medidas que prejudicam a economia e o povo brasileiro, e outras pessoas que, em manifestações, carregam bandeiras americanas, defendendo interesses que não são da pátria brasileira”, afirmou.
O deputado ressaltou que Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, adota uma postura incompatível com sua função pública. “Ele deveria estar defendendo o Brasil e seu povo, conforme prometeu na Constituição, e não os interesses americanos”, criticou Robinson Almeida.
Dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia mostram que, em 2024, os Estados Unidos foram o segundo maior destino das exportações baianas, com cerca de US$ 1,7 bilhão em negócios. Os principais setores exportadores são papel e celulose, petroquímicos e frutas, o que evidencia o impacto das tarifas impostas por Trump na economia local.