A Polícia Federal deve atuar com rigor na investigação de um atentado que chocou o sul da Bahia e expôs a ousadia de criminosos ligados à facção Comando Vermelho. O episódio ocorreu na última terça-feira (20), no fim da tarde, quando um comboio com 21 homens fortemente armados metralhou o carro oficial utilizado pelo diretor do presídio de Eunápolis. A ação criminosa foi classificada como um ato de terror que acende um alerta máximo nas forças de segurança.

Segundo informações preliminares repassadas a Brasília, o alvo da emboscada seria o atual diretor da unidade prisional, Jorge Magno Alves. No entanto, ele não estava no veículo no momento do ataque. O motorista, que conduzia o carro sozinho, foi atingido por diversos disparos e segue internado em estado grave, o que aumenta a comoção e a pressão por respostas rápidas das autoridades.

Jorge Alves assumiu o comando do presídio recentemente, em substituição a Joneuma Silva Neres, que foi afastada sob suspeita de envolvimento com facções criminosas atuantes dentro da penitenciária. A troca de comando teria causado insatisfação em determinados grupos que, agora, demonstram resistência violenta à nova gestão, intensificando a tensão no sistema prisional da região.

Diante da gravidade do caso, a expectativa é de que a Polícia Federal intensifique as investigações para identificar os autores e mandantes do atentado, além de mapear conexões entre criminosos fora e dentro do presídio. A atuação conjunta entre as polícias Federal, Civil e Militar será essencial para conter a expansão do crime organizado e garantir a segurança dos profissionais que atuam no sistema prisional baiano.