Ilhéus amanheceu sob forte comoção após a confirmação do assassinato brutal de três mulheres que caminhavam pela praia da zona sul na manhã de sexta-feira (15). Os corpos foram encontrados no sábado (16), em uma cena de violência marcada por golpes de faca, que gerou medo e indignação entre moradores e frequentadores da orla.
Não é um caso isolado. Há poucos meses, outra mulher foi morta de forma semelhante durante uma caminhada na mesma região, o que reforça a sensação de insegurança e vulnerabilidade da população local.
Familiares e amigos das vítimas prestaram homenagens e relataram a dor da perda, descrevendo a tragédia como uma ferida aberta que se estende para além das famílias, atingindo toda a comunidade ilheense.
Diante da repercussão, o prefeito de Ilhéus divulgou uma nota de pesar. No entanto, moradores cobram da gestão municipal medidas mais efetivas de segurança, já que a orla tem sido palco recorrente de violência.
Já em âmbito estadual, até o fechamento desta edição, o governador da Bahia não havia se manifestado publicamente sobre o crime em suas redes sociais. A ausência de uma nota oficial de pesar tem chamado a atenção da sociedade, sobretudo diante da gravidade do caso e do impacto coletivo causado.
Especialistas em segurança pública destacam que crimes com esse grau de brutalidade exigem respostas rápidas e coordenadas dos diferentes níveis de governo. A falta de ações e a demora na comunicação institucional podem ampliar a sensação de desamparo entre os cidadãos.
Enquanto a Polícia Civil conduz as investigações, cresce a cobrança por mais presença do Estado e também por ações municipais que assegurem um direito elementar: viver e circular livremente sem medo.









