O clima político em Floresta Azul atingiu um ponto crítico nesta terça-feira (29), após o prefeito Bambu romper de forma abrupta com a ex-prefeita Gicélia Santana (PSB), exonerando todos os integrantes ligados ao seu grupo político, incluindo aliados históricos como o ex-prefeito Garrafão. A medida, considerada por muitos como drástica e autoritária, foi duramente criticada por Gicélia, que veio a público denunciar o que classificou como “ingratidão, deslealdade e traição política”. Para ela, o gesto do prefeito foi unilateral, sem qualquer tentativa de diálogo, e revela uma perigosa guinada rumo ao isolamento e à centralização do poder.
Gicélia afirmou em nota que a decisão do prefeito a pegou de surpresa, uma vez que, segundo ela, não houve qualquer crise interna que justificasse a ruptura. “Quem rompe sem diálogo e sem motivos reais, é porque nunca esteve verdadeiramente comprometido com o projeto coletivo que construímos juntos”, declarou. Ela ainda relembrou o papel decisivo que seu grupo teve na ascensão política de Bambu, ressaltando que foi ela, Garrafão, Daniel e outros aliados que ofereceram apoio político e estrutura quando o atual prefeito ainda era desacreditado por parte da população e da classe política local.
A exoneração em massa de figuras ligadas ao grupo da ex-prefeita, além de simbolizar o rompimento, escancarou o distanciamento crescente entre o prefeito e a gestão participativa prometida durante a campanha. Gicélia acusa Bambu de ter abandonado o diálogo, não apenas com aliados, mas também com sua própria equipe de governo. Ela apontou a ausência de ações concretas nos primeiros sete meses de gestão e criticou o que vê como uma obsessão do prefeito pela reeleição, em detrimento das reais necessidades da população. “Liderança se conquista, não se impõe, nem se compra”, alfinetou.
O rompimento político, agora oficializado com demissões e declarações públicas, redesenha completamente o cenário político de Floresta Azul. O grupo de Gicélia e Garrafão, que até então era a base de sustentação de Bambu, promete reagrupar forças e retomar o protagonismo político na cidade. Gicélia concluiu com uma mensagem firme: “Temos história, temos trabalho prestado e a consciência tranquila de quem sempre esteve ao lado do povo. O tempo mostrará quem foi fiel ao compromisso público e quem se deixou levar pela vaidade do poder.” Com isso, o racha não apenas fragmenta o atual governo, como abre uma disputa antecipada pelo futuro da cidade.