A Polícia Federal prendeu cinco pessoas na operação Contragolpe, que investiga suspeitos de planejarem um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022. Além dos cinco mandados de prisão, a operação cumpre três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares, como a proibição de contato entre investigados, restrição de saída do país com entrega de passaportes em até 24 horas, e suspensão de funções públicas. As ações ocorrem no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal, com o acompanhamento do Exército Brasileiro.
Entre os presos estão o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, ex-comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais em Manaus, destituído do cargo em fevereiro deste ano; e o general reformado e ex-ministro interino da Secretaria-Geral, Mário Fernandes, atualmente assessor do deputado Eduardo Pazuello. Outro nome importante é o major Rafael Martins de Oliveira, acusado de negociar com o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o pagamento de R$ 100 mil para financiar manifestantes em Brasília.
A operação também prendeu o major Rodrigo Bezerra de Azevedo e o agente da Polícia Federal Wladimir Matos Soares. Os quatro militares foram detidos no Rio de Janeiro, enquanto o policial foi preso em Brasília. Dois desses indivíduos estavam recentemente envolvidos na segurança de autoridades durante o evento do G20. Com exceção do policial, os demais pertencem ao grupo conhecido como “kids pretos”, militares de elite das Forças Especiais do Exército. Eles são suspeitos de planejar a prisão e execução do ministro Alexandre de Moraes, caso o golpe fosse consumado.
A PF afirma que o grupo criminoso utilizou elevado conhecimento técnico-militar para coordenar e executar os planos ilícitos nos meses de novembro e dezembro de 2022. A investigação revela que os suspeitos, em sua maioria militares, integram ou têm origem nas Forças Especiais, destacando o envolvimento do coronel Mauro Cid, também ligado a esse núcleo.
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