Profissionais da Educação das redes municipais de Salvador e Itabuna decidiram paralisar as atividades nos dias 23 e 24 de abril. A decisão foi tomada durante assembleia realizada pela APLB Sindicato, no último dia 15, e faz parte da Paralisação Nacional pela Educação Pública, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). O movimento busca chamar a atenção para os desafios enfrentados pela educação pública em todo o país.
Em Itabuna, a mobilização está marcada para o dia 23 de abril, com concentração a partir das 9h30 no Jardim do Ó. Organizada pelo Sindicato do Magistério Municipal de Itabuna (SIMPI), a paralisação denuncia uma série de problemas enfrentados pela categoria, como a falta de infraestrutura nas escolas, baixos salários, ausência de reajuste no ticket alimentação, demissões ilegais de professores aposentados e reformas escolares inacabadas. A entidade também destaca a carência de profissionais nas unidades de ensino.
Já em Salvador, a principal pauta é o pagamento do piso salarial nacional do magistério, fixado em R$ 4.867,77 para 2025. Atualmente, os professores da rede municipal recebem cerca de R$ 2.800, valor bem abaixo do estipulado por lei. O sindicato denuncia a falta de diálogo com a Prefeitura e cobra o cumprimento da legislação federal que, desde 2008, determina o pagamento do piso como forma de garantir a valorização da carreira docente.
Tanto em Itabuna quanto em Salvador, os sindicatos reforçam a importância da mobilização e convidam a população a se somar à luta em defesa da educação pública de qualidade. Segundo as entidades, garantir condições dignas de trabalho para os educadores é essencial para o futuro das crianças, jovens e de toda a sociedade.