No tabuleiro político da Bahia, um movimento vem chamando atenção: a saída de prefeitos da União Brasil em municípios estratégicos do interior. Para a oposição, esse fenômeno reflete um descontentamento crescente com a condução de ACM Neto, ex-prefeito de Salvador e atual vice-presidente da legenda. A falta de diálogo e suporte por parte do líder oposicionista tem sido apontada como um dos principais motivos para essa reconfiguração de alianças.
Parlamentares e dirigentes de partidos aliados ao União Brasil relatam que a postura pouco acessível de Neto tem gerado frustração entre prefeitos, que se sentem desamparados dentro da sigla. Diante desse cenário, muitos gestores municipais têm se aproximado do governador Jerônimo Rodrigues, do PT, que vem demonstrando interesse em fortalecer esses novos laços políticos.
Um caso emblemático dessa movimentação é o do prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP). Segundo fontes próximas, ele tem expressado insatisfação e uma sensação de abandono em relação a ACM Neto. Esse descontentamento alimenta especulações sobre um possível rompimento com a oposição, o que pode levá-lo a integrar o grupo governista liderado por Jerônimo Rodrigues.
A dificuldade de ACM Neto em manter sua base coesa expõe fragilidades na estratégia do União Brasil e levanta dúvidas sobre a solidez do grupo oposicionista. O enfraquecimento dessas alianças pode comprometer os planos políticos da legenda e abrir espaço para uma reconfiguração de forças no estado.
Diante desse novo contexto, o cenário político baiano pode passar por mudanças significativas. A adesão de prefeitos ao governo do estado pode alterar o equilíbrio de poder e influenciar diretamente as próximas disputas eleitorais, redesenhando o mapa político da Bahia.