No cenário global das commodities, o cacau emerge como protagonista ao registrar um valor histórico na Bolsa de Nova York. No auge do dia 1 de abril, a tonelada das amêndoas de cacau foi cotada a surpreendentes USD 10.318,00, encerrando o dia a USD 10.286,00 – e não, isso não é uma pegadinha de Primeiro de Abril.

Esse pico nos preços não só captura a atenção dos investidores mas também desencadeia análises profundas sobre as dinâmicas de oferta e demanda que estão por trás dessas mudanças.No Brasil, com o dólar estabilizado em cerca de R$ 5,06, o mercado de cacau acompanha essa valorização com grande interesse. O preço da tonelada no país ultrapassou os R$ 52.000,00, criando um cenário de desafios e possibilidades inéditas para os produtores nacionais.

Em particular, na região Sul da Bahia — em cidades como Uruçuca, Itajuípe, Ipiaú, Itacaré e Itabuna —, vislumbra-se o surgimento de uma nova vanguarda empreendedora, com ênfase na produção de chocolates finos e de origem. Essa tendência é reforçada pelas previsões que sugerem preços acima de USD 13.000,00 por tonelada no futuro próximo, de acordo com especialistas e comerciantes locais.

O resultado é um vigor renovado para a economia regional, um aumento na competitividade das amêndoas de cacau no mercado e o estímulo a um setor cacaueiro global em fase de notável transformação e expansão de oportunidades.