Os bastidores da política itabunense estão mais movimentados do que nunca, e um nome que tem provocado desconforto, tanto na base aliada quanto na oposição, é o da vereadora Wilmaci Oliveira. Primeira mulher a ser reeleita na história do Legislativo municipal, Wilmaci ocupa hoje um lugar de destaque e, ao mesmo tempo, de contradição. Enquanto a sociedade observa, cresce a sensação de que ela tem adotado uma postura ambígua: ora se declara parte do governo, ora dispara críticas afiadas como se estivesse do lado de fora. A dúvida começa a ecoar fora dos corredores da Câmara: afinal, Wilmaci está com o governo ou contra ele?
Em discursos públicos, a vereadora reafirma sua posição como integrante da base aliada. No entanto, sua atuação prática tem causado ruído. Para muitos, isso tem gerado mais confusão do que fiscalização.
O comportamento da vereadora tem incomodado tanto aliados quanto opositores. Alguns membros do governo têm expressado, nos bastidores, certo desconforto com essa “dupla identidade política”, que vem sendo lida por alguns como uma estratégia de sobrevivência,manter um pé dentro e outro fora, dependendo de como sopra o vento político. Wilmaci, que construiu sua imagem como mulher firme, de luta e história, parece agora viver o desafio de equilibrar protagonismo com coerência. A pergunta é: até onde isso será sustentável?
E assim segue o cenário político de Itabuna, onde a população, mais atenta e crítica, já começou a cobrar: afinal, a vereadora está mordendo ou assoprando? O discurso progressista e a bandeira de luta só permanecem legítimos quando andam de mãos dadas com clareza e responsabilidade política. Do contrário, correm o risco de virar apenas retórica de quem diz uma coisa, mas age de outra forma.