Aliados próximos de Jair Bolsonaro (PL) estão avaliando a possibilidade de formar uma chapa presidencial composta pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), como candidato à presidência, e pela ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL), como vice. A proposta surge como uma alternativa caso a inelegibilidade do ex-presidente seja mantida pela justiça, abrindo caminho para a articulação de novos líderes dentro da direita.

Essa estratégia considera a dificuldade de outros nomes conservadores em conquistar votos significativos no Nordeste, uma região historicamente desafiadora para a base bolsonarista. Líderes como Tereza Cristina (PP), Ronaldo Caiado (União Brasil) e até Tarcísio de Freitas (Republicanos) enfrentariam resistência nos estados nordestinos, reduzindo suas chances de alcançar uma base sólida de apoio na região.

A escolha de Ratinho Júnior se destaca pela possibilidade de romper essa barreira eleitoral. Sua candidatura contaria com o apoio estratégico de seu pai, o apresentador Ratinho, uma figura de grande influência na comunicação popular, especialmente entre o público nordestino. Ratinho, amplamente conhecido pelo seu programa no SBT, teria um papel importante na mobilização de eleitores e na construção de uma imagem positiva da chapa junto ao eleitorado.

Além disso, a presença de Michelle Bolsonaro como vice reforçaria os laços com a base conservadora e com o eleitorado evangélico, segmentos que continuam fortemente alinhados com a família Bolsonaro. Combinando carisma, popularidade e uma estratégia voltada para fortalecer a presença no Nordeste, essa possível chapa busca consolidar a força política da direita para as eleições presidenciais futuras.