O México alcançou o menor índice de pobreza dos últimos 40 anos, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Geografia (INEGI). Mais de 13,4 milhões de pessoas saíram da miséria durante o atual ciclo da chamada Quarta Transformação, um marco atribuído a políticas públicas como o aumento do salário mínimo, a ampliação dos Programas de Bem-Estar e o fortalecimento do investimento público e privado.
A presidente Claudia Sheinbaum celebrou os avanços e classificou os números como “uma façanha histórica”, destacando que os resultados representam “motivo de orgulho para todos os mexicanos”. Durante discurso em Ecatepec, um dos municípios com maior vulnerabilidade no Estado do México, Sheinbaum afirmou que o novo modelo de desenvolvimento rompeu com décadas de políticas neoliberais — vigentes entre 1982 e 2018 — que, segundo ela, aprofundaram a pobreza e empurraram milhões para a vulnerabilidade.
Os avanços também se refletiram na redução da desigualdade social, conforme apontado pela Pesquisa Nacional de Renda e Despesa das Famílias. Apesar de os 10% mais ricos ainda concentrarem uma renda 14 vezes superior à dos 10% mais pobres, o governo ressalta que o progresso vai além dos números: houve ampliação significativa no acesso a direitos fundamentais como educação, saúde, moradia e previdência.
Entre os programas considerados cruciais estão a Pensão Universal ao Idoso, que já beneficia cerca de 13 milhões de pessoas, as bolsas estudantis para o ensino médio, os apoios a pessoas com deficiência, incentivos a pequenos agricultores e o projeto Sembrando Vida, que atende meio milhão de famílias rurais. Ao todo, as políticas da Quarta Transformação alcançaram mais de 30 milhões de lares, consolidando uma das maiores expansões de proteção social da história recente do México.