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MAIS CARO QUE PARIS‼️R$ 7 mil para voar 400 km: Ilhéus vira destino de elite e baianos se revoltam

Em plena alta temporada, período estratégico para impulsionar o turismo na Costa do Cacau, o trecho de pouco mais de 400 quilômetros atingiu valores que desrespeitam o consumidor e desafiam a lógica econômica. Em plataformas de busca, há registros de bilhetes que superam os R$ 7 mil, número superior ao de passagens para destinos europeus. O problema não está na distância, mas na ausência de concorrência e na falta de política eficiente para o transporte regional.

Além do preço abusivo, o tempo de viagem virou motivo de constrangimento. Levantamentos apontam que, entre dezembro e janeiro, as tarifas mais altas incluem conexões sem necessidade e deslocamentos que passam de cinco horas. Já as alternativas consideradas “em conta” giram em torno de R$ 3.700, com trajetos que podem ultrapassar 25 horas, o equivalente a cruzar o oceano. Diante desse cenário, uma pergunta se impõe: como justificar que um voo tão curto seja mais caro e demorado do que uma viagem intercontinental?

A indignação tomou conta do debate público e chegou às ondas do Jornal da Bahia no Ar, da Rádio Metrópole. Ouvintes demostraram surpresa, revolta e descrença diante dos valores praticados. Uma passageira resumiu a sensação coletiva em tom de protesto: “Dizem que o baiano não conhece o próprio estado… mas como conhecer, se uma passagem para Ilhéus custa mais do que ir para fora do país?” O desabafo expõe uma dura realidade: a mobilidade aérea virou privilégio, e milhares de pessoas estão sendo afastadas do direito de circular dentro do seu próprio território.

As comparações reforçam o desequilíbrio. Um voo de São Paulo para Ilhéus, quase quatro vezes mais distante, pode ser encontrado por menos de R$ 2 mil. Rotas internacionais, como Salvador–Buenos Aires, ficam na casa dos R$ 1.800. Já passagens para Paris variam entre R$ 5 mil e R$ 8 mil, dependendo da data. Em alguns casos, atravessar o Atlântico sai mais barato do que descer ao sul da Bahia. A distorção expõe falhas estruturais: pouca oferta, ausência de estímulo governamental, concentração de mercado e inércia regulatória. Enquanto isso, Ilhéus, vitrine turística da Bahia, se torna um destino elitizado, limitado a poucos privilegiados, quando deveria ser porta aberta, não uma barreira financeira.

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