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Lula revela sua posição sobre o uso de celulares no gabinete; veja detalhes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou que adota uma rígida política contra o uso de celulares em seu gabinete, visando a segurança das informações. Em entrevista concedida aos senadores Jorge Kajuru e Leila Barros na Rede TV, Lula explicou que evita “conversa cifrada no celular” e que aparelhos eletrônicos não são permitidos em áreas sensíveis de seu ambiente de trabalho. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo.

Lula enfatizou que considera os celulares inseguros, mesmo quando desligados, e por isso opta por restringir o acesso desses dispositivos em seu gabinete. “Isso aqui (o celular) não é seguro mesmo quando está desligado. A nossa segurança é não deixar celular entrar aonde não deve entrar”, afirmou o presidente. Esse cuidado com a segurança inclui também a decisão de Lula de não possuir um celular próprio, mantendo contato com ministros e aliados por meio dos telefones de pessoas próximas.

Essa postura já havia sido mencionada por Lula em julho do ano passado, durante a live “Conversa com o Presidente”, quando reforçou que os aparelhos “ficam na portaria” e que evita a dependência digital. Ele argumentou que, em seu gabinete, ninguém deve usar o celular para garantir foco e respeito às audiências. “No meu gabinete na Presidência ninguém entra com telefone celular. Porque o cara, eu marco uma audiência com o presidente, e daqui a pouco o cara tá lá, o presidente sentado, e o cara no celular conversando com o cara que ele não marcou audiência”, declarou.

Além de limitar o uso de celulares, Lula revelou hábitos pessoais, como seu horário de almoço, às 13h, quando não atende ligações, e sua preferência por evitar telefonemas após às 21h. O presidente destacou que, em geral, evita chamadas com informações que ele não possa resolver imediatamente. “Não adianta o cara me falar: ‘Presidente, o senhor está sabendo que tal jornal vai fazer uma matéria contra você?’. Faça. Eu não vou pedir para não fazer. Faça. Sabe, 23h: ‘presidente, o senhor sabe quem morreu?’. E daí? Por que eu quero saber que o cara morreu 11 horas da noite? Eu não vou poder fazer nada. Deixa para me ligar às 8h, sabe? Porque aí eu vou poder tratar, ir para o enterro”, concluiu.

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