O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou nesta terça-feira (24) o decreto que oficializa o reajuste do salário mínimo para R$ 1.621,00 a partir de 1º de janeiro de 2026. O novo valor representa um aumento de 6,79% em relação ao piso atual, fixado em R$ 1.518,00, o que corresponde a um acréscimo nominal de R$ 103,00. O reajuste segue as diretrizes da Política de Valorização do Salário Mínimo, retomada pelo governo federal em 2023.
A regra adotada considera a inflação acumulada medida pelo INPC, estimada em 4,1% para este ano, além do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores, projetado em 3,4%. No entanto, conforme as normas do novo arcabouço fiscal, o ganho real é limitado, variando entre 0,6% e 2,5%, com o objetivo de garantir equilíbrio nas contas públicas.
O aumento do salário mínimo impacta diretamente milhões de brasileiros que têm seus rendimentos atrelados ao piso nacional. Entre eles estão aposentados e pensionistas do INSS, beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, além de trabalhadores que recebem abono salarial e seguro-desemprego.
Desde a retomada da política de valorização, o salário mínimo vem registrando ganhos reais consecutivos. O valor saiu de R$ 1.212,00 em 2022 para R$ 1.320,00 em 2023, avançou para R$ 1.412,00 em 2024, chegou a R$ 1.518,00 em 2025 e agora alcançará R$ 1.621,00 em 2026. Com o novo patamar, o trabalhador terá um incremento anual de R$ 1.236,00, considerando o pagamento de 13 salários ao longo do ano.
