O ex-presidente do MDB na Bahia e ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima comentou a escolha de Fabya Reis (PT) como vice de Geraldo Junior (MDB) na disputa pela Prefeitura de Salvador. Segundo ele, que participou da coletiva de imprensa que anunciou o nome da petista, um vice do PT “fortalece mais a chapa”
“Não é porque indiciou um vice que vai entrar na campanha. Agora, Geraldo é candidato, não é mais candidato do MDB, Geraldo é candidato da base aliada, é candidato do governador, é candidato do MDB, do PT, PSD, PSB, PCdoB, de todos os partidos da base do governador. Logicamente ele tinha que pertencer a um partido, porque a legislação diz que qualquer pessoa, para ser candidato, tem que tá filiado a um partido. E isso foi consenso. A primeira decisão do conselho político foi que teríamos uma candidatura única, pra evitar o que ocorreu na vez passada, que houve a divisão, cada partido com um candidato, e mostrou que essa estratégia não teve sucesso. Agora, logicamente, o PT na chapa, demonstra, fortalece mais a chapa, não por causa disso, da militância aí, mas principalmente pela especulação, mas principalmente pela especulação de que ia sair na imprensa, por vocês mesmos jornalistas, de ficar dizendo: o PT não indicou o vice, é porque não confia na candidatura, a esquerda não quer isso. Então, eu já comecei a receber ligação antes, quando eu disse que talvez indicasse na data do lançamento. Isso é problema? É uma sinalização ruim? Não é sinalização ruim nenhuma. O próprio prefeito que vai para a reeleição só anunciou ontem que era candidato. Até admitia, não sei se estava esperando ver as condições, em não ser candidato. Porque quem não anuncia é quem admite a hipótese de não ser. Então, essa hipótese só saiu da cabeça dos eleitores ontem quando ele anunciou que será candidato à reeleição”.
Sobre a declaração do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, sobre o fato de a campanha ser dominada pela ‘verdade contra a mentira’, Lúcio Vieira Lima alfinetou o ex-gestor.
“Olha, ele disse, realmente, que seria verdade contra mentira. Só não disse quem era o verdadeiro e quem era o mentiroso. Aí, nós vamos esperar a campanha e que vai decidir. Com toda certeza, o MDB sempre esteve com a verdade, Jerônimo sempre esteve com a verdade. Tanto é que, se essa campanha vai ser a verdade contra a mentira e ele vai ganhar por causa disso, quer dizer então que na eleição que ele disputou para governo do estado, ele mentiu o tempo todo. Foi por isso que perdeu? Então, naquela campanha que ele foi candidato a governador, ele foi um grande mentiroso, porque perdeu a eleição. Então, prevaleceu a verdade. Então, não é por aí. O povo não quer mais mimimi, frases de efeito, né. Não é assim que se faz a política”.
