O senador Jaques Wagner (PT) afirmou que o desempenho eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Bahia não deve interferir na permanência do PSD na base aliada do governador Jerônimo Rodrigues (PT) nas eleições estaduais de 2026. Em entrevista ao Bahia Notícias nesta quarta-feira (5), Wagner reagiu às especulações sobre uma possível ruptura entre petistas e social-democratas, reforçando a solidez da aliança política no estado.

“A aliança que temos aqui na Bahia é histórica. Eu, pessoalmente, considero indissolúvel essa parceria. É mais do que política, é uma relação de amizade, uma família”, declarou o senador. Ele fez questão de destacar que a união entre PT e PSD na Bahia se sustenta em vínculos locais sólidos e não deve ser abalada por variações do cenário nacional.

Wagner também descartou a hipótese de que eventuais oscilações na popularidade do presidente Lula influenciem diretamente a configuração da base de apoio ao governo baiano. Na semana anterior, o Bahia Notícias revelou que lideranças do PSD estariam reavaliando a aliança com o grupo político de Jerônimo e Lula, principalmente diante da movimentação do senador Angelo Coronel (PSD), que já sinaliza interesse em disputar a reeleição em 2026.

Reconhecendo que todo processo político passa por ajustes, Wagner comparou o momento a uma fase de reorganização interna entre aliados. “Como toda família que está crescendo, às vezes é preciso fazer um puxadinho, um esforço para acomodar todos. Mas não há rachadura, nem motivo para alarde”, afirmou. Por fim, minimizou os efeitos de pesquisas de opinião sobre Lula, lembrando que o presidente já enfrentou cenários desfavoráveis no passado e saiu vitorioso. “Em 2005, diziam que Lula estava politicamente morto, e ele foi reeleito em 2006. Tem muita gente que ainda vai queimar a língua até lá”, concluiu.