O presidente do PDT na Bahia, deputado federal Félix Mendonça Jr., resolveu quebrar o silêncio e se manifestou publicamente sobre o rompimento de sua sigla com o grupo político liderado pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil). Em declarações contundentes a jornalistas, Félix deixou claro que o desgaste da relação não foi repentino, e sim resultado de uma sequência de desrespeitos e imposições.
Um dos episódios mais lembrados pelo pedetista foi a retirada da então candidata do PDT à prefeitura de Lauro de Freitas, Débora Régis — hoje prefeita eleita —, para dar lugar a um nome do União Brasil. O gesto, considerado autoritário por Félix, selou uma ruptura que já vinha sendo amadurecida. “Os partidos devem ser aliados, não subservientes. Aliança se faz com respeito, com diálogo e com princípios”, afirmou.
Félix Mendonça Jr. também criticou diretamente a forma como ACM Neto conduziu as articulações em Lauro de Freitas, classificando como desrespeitosa a insistência do ex-prefeito em impor candidaturas do seu partido. “No último evento, foi isso: ‘tenho uma candidatura que pode ser’, ‘não, tem que ser do União Brasil’. Ah… espera aí”, disparou, demonstrando irritação com o que chamou de autoritarismo político.
O rompimento, segundo ele, é uma consequência natural de uma relação desequilibrada, em que o PDT era constantemente desvalorizado. Agora, o partido segue buscando alianças que respeitem sua identidade e autonomia. “Não dá para continuar em um grupo onde não há espaço para diálogo verdadeiro”, concluiu.