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Família denuncia negligência médica após laudos contraditórios em Itabuna e Vitória da Conquista

A família de Ian, uma criança de apenas 2 anos e 7 meses, denuncia negligência no atendimento médico após um ferimento no dedo da mão esquerda, ocorrido na última sexta-feira (15/08). A mãe, Sara, de 35 anos, afirma que o menino não recebeu os cuidados básicos necessários, mesmo apresentando uma lesão visível. O primeiro atendimento foi feito no Hospital Manoel Novaes, em Itabuna, onde um laudo apontou fratura na falange distal do terceiro dedo, com aumento das partes moles e sinais inflamatórios. Diante do diagnóstico, a criança foi regulada para uma unidade de maior complexidade em Vitória da Conquista.

Ao chegar no hospital de Vitória da Conquista, no entanto, a família se deparou com um novo laudo, desta vez negando qualquer fratura ou fissura. A contradição entre os dois exames gerou indignação, especialmente porque, segundo a mãe, nenhum procedimento foi realizado na unidade de Conquista. “Meu filho estava com o dedo ferido, uma lesão aberta, e simplesmente não limparam, não medicaram, não suturaram. Nada foi feito. O risco de infecção era enorme”, desabafou Sara, revoltada com o abandono.

A família também cobra respostas sobre o protocolo adotado pelas duas unidades: por que o hospital de Itabuna não realizou a sutura mesmo estando dentro do prazo recomendado de seis horas? Por que, em Conquista, a criança não foi sequer avaliada por um ortopedista? E como uma lesão visivelmente exposta foi ignorada sem nenhum tipo de intervenção básica? As perguntas seguem sem resposta. Sara ainda afirma que tentou denunciar o caso à imprensa local, mas não teve espaço. “Parece que muitos veículos preferem esconder a verdade em vez de mostrar o caos que a saúde da Bahia enfrenta. A mídia que deveria estar do nosso lado muitas vezes protege o poder”, criticou.

Casos como esse escancaram a fragilidade do sistema público de saúde no interior da Bahia, marcado por falhas graves, desencontro de informações médicas e desrespeito com os pacientes. Quando nem mesmo uma criança com ferimento visível recebe o atendimento adequado, é sinal de que o problema ultrapassou os limites da precariedade: tornou-se institucionalizado.

O compromisso do jornal Foco na Bahia é continuar dando voz a quem sofre calado e denunciar, com independência, cada caso de descaso e omissão que atinge nossa população. A saúde pública precisa, mais do que promessas, de responsabilidade e humanidade.

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