O Partido Liberal (PL) na Bahia deve entrar em 2026, ano de eleições nacionais, com pelo menos três deputados a menos em seu quadro de filiados. A legenda, que vive um momento de reestruturação interna no estado, enfrenta baixas importantes tanto na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) quanto na Câmara Federal.

Entre os parlamentares com saída praticamente certa, estão os deputados estaduais Raimundinho da JR e Vitor Azevedo. Ambos já haviam sinalizado alinhamento com a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e, por esse motivo, se tornaram alvos de um processo disciplinar dentro do PL. A sigla avaliava a expulsão dos dois por infidelidade partidária. Raimundinho, inclusive, já confirmou que vai se filiar ao Solidariedade, enquanto Vitor Azevedo recebeu convites tanto do Solidariedade quanto do Podemos.

A terceira baixa deverá ser a do deputado federal Jonga Bacelar, conforme apurado pelo Bahia Notícias. O parlamentar estaria insatisfeito com a atual condução do partido no estado, especialmente sob a liderança do ex-ministro João Roma, presidente estadual do PL. A avaliação negativa da atuação de Roma, somada ao desempenho da sigla nas eleições municipais de 2024, teria intensificado o desgaste.

A saída desses três nomes sinaliza um momento de instabilidade interna no PL baiano, que tenta se manter competitivo para o próximo ciclo eleitoral. A legenda terá o desafio de reestruturar sua base, buscar novas lideranças e reconstruir alianças, especialmente em um cenário político cada vez mais polarizado e em constante transformação.