A deputada federal Carla Zambelli foi presa nesta terça-feira (29) em Roma, na Itália, após se apresentar voluntariamente à polícia local. A informação foi confirmada pelo Ministério da Justiça do Brasil e pela Polícia Federal. Zambelli estava foragida desde que foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão no caso da invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Até o momento, as autoridades italianas não divulgaram os detalhes sobre a motivação formal da prisão ou os próximos passos do processo.
A localização de Zambelli foi revelada pelo deputado italiano Angelo Bonelli, que afirmou ter informado a polícia sobre o paradeiro da brasileira. “Carla Zambelli está em um apartamento em Roma. Forneci o endereço à polícia. Neste momento, a polícia está identificando Zambelli”, publicou o parlamentar em suas redes sociais. Após isso, a deputada foi conduzida por agentes italianos para prestar esclarecimentos.
Segundo informações da CNN Brasil, a defesa da deputada afirmou que ela optou por se entregar espontaneamente. Os advogados planejam argumentar que Zambelli enfrenta problemas de saúde e, por isso, deve permanecer na Itália sob proteção humanitária, tentando evitar sua deportação ao Brasil. A parlamentar foi incluída na lista de difusão vermelha da Interpol após solicitação do ministro do STF Alexandre de Moraes, responsável por conduzir o inquérito.
Nas redes sociais, Zambelli vinha se autodeclarando uma “exilada política”, alegando perseguição por parte do Judiciário brasileiro. Em um vídeo recente, ela agradeceu o apoio de aliados, incluindo o senador Flávio Bolsonaro, que teria intercedido junto a líderes políticos italianos. “Sou uma perseguida política no Brasil”, afirmou, dirigindo-se à primeira-ministra Giorgia Meloni e ao vice-premiê Matteo Salvini. A prisão da deputada promete gerar novos desdobramentos políticos e jurídicos tanto em solo brasileiro quanto internacional.