Em entrevista ao jornal O Globo, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, manifestou sua intenção de se candidatar ao Senado pela Bahia. Durante a conversa, ele também deixou claro que não considera o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como um substituto viável para Lula nas próximas eleições. “Acredito que o potencial candidato em 2026 é Lula. Não devemos discutir a sucessão de quem está no cargo, pois isso pode antecipar o fim do mandato dessa pessoa”, afirmou.

Rui Costa também abordou questões relacionadas ao Ministério do Meio Ambiente, liderado por Marina Silva. Ele negou que o ministério tenha enviado à Casa Civil, há alguns meses, um modelo de funcionamento para a Autoridade Climática. “O primeiro texto chegou aqui apenas ontem. O que foi apresentado há dois meses era apenas um PowerPoint. É preciso explicar claramente o que é a Autoridade Climática e quais são suas funções”, destacou.

Ele criticou a proposta inicial que pretendia incorporar as funções da Defesa Civil e da Secretaria de Mudança do Clima ao novo órgão. “Não faz sentido acabar com a Defesa Civil Nacional e com a Secretaria de Mudança do Clima. Precisamos preservar essas estruturas”, enfatizou Rui.

O ministro ressaltou que, na proposta enviada, a Autoridade Climática estaria subordinada ao Ministério do Meio Ambiente, funcionando como um cargo de segundo escalão. “Ou ela é uma autoridade independente, ou se torna um departamento. Precisamos refletir mais sobre isso e fazer perguntas relevantes”, disse.

Por fim, Rui Costa concluiu que a discussão sobre a estrutura da Autoridade Climática não deve se sobrepor ao debate sobre seus objetivos e conteúdos. “É fundamental que as metas e as funções da Autoridade sejam discutidas com a mesma importância que sua estrutura”, afirmou, destacando a necessidade de um planejamento claro e coerente.