A Polícia Federal realizou, nesta semana, uma operação de busca e apreensão contra o prefeito de Ilhéus, Mario Alexandre (MDB), como parte de uma investigação que apura crimes graves, incluindo corrupção, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A operação foi autorizada pela Justiça Federal, e as informações foram divulgadas pelo portal G1.

Além do prefeito, outros nomes importantes também são alvos da investigação. Entre eles, Bento Lima (PSD), ex-secretário de Gestão de Ilhéus e atual candidato a prefeito, apoiado por Mario Alexandre. Também estão na mira da PF o ex-procurador-geral de Ilhéus, Jefferson Domingues Santos, mais duas pessoas e duas empresas ligadas ao esquema. As ações da Operação Barganha ocorreram em diversas cidades da Bahia, como Ilhéus, Itabuna, Vitória da Conquista, Salvador e Lauro de Freitas.

Durante as buscas, a Polícia Federal apreendeu mais de R$ 700 mil em espécie na casa de um dos empresários investigados. Essa quantia levanta ainda mais suspeitas sobre a complexidade e o alcance do esquema criminoso. As investigações estão sendo conduzidas com base em evidências de operações anteriores que já tinham como foco o desvio de dinheiro público destinado ao enfrentamento da pandemia de Covid-19.

A operação se apoia em uma delação premiada que revelou detalhes sobre o envolvimento de Mario Alexandre. De acordo com o delator, o prefeito negociou o recebimento de propina referente a um contrato irregular de serviços de coleta de lixo, firmado pela Prefeitura de Ilhéus. O ex-procurador Jefferson Santos, responsável por emitir pareceres jurídicos, teria aprovado o contrato, mesmo diante de sinais claros de irregularidade. O acordo previa que Mario Alexandre receberia metade dos lucros gerados pela empresa contratada.

Até o momento, a defesa dos investigados não se manifestou publicamente. O FOCO NA BAHIA permanece à disposição para incluir qualquer esclarecimento ou resposta que possa ser dada pelas partes envolvidas.