A morte de Jimmy Cliff, anunciada pela família nesta segunda-feira (24), voltou a colocar em evidência o nome de Nabiyah Be. A atriz e cantora, nascida e criada em Salvador, é filha do artista jamaicano e carrega uma trajetória que conecta Bahia, Jamaica e Hollywood. O destaque reacende o interesse por sua história, que mistura raízes culturais fortes e uma carreira internacional em ascensão, segundo informações do portal O Globo.
Aos 30 anos, Nabiyah construiu seu próprio espaço no cenário artístico, embora a relação com o pai tenha sido decisiva em sua formação. Ela pisou no palco pela primeira vez aos 5 anos e, aos 7, já acompanhava Jimmy Cliff em turnês pelo mundo. Em entrevistas, relembra que as viagens eram uma forma de manter a família unida — e foi justamente essa convivência que moldou seu talento precoce e sua paixão pela música.
Um dos episódios mais marcantes para os fãs ocorreu quando, ainda criança, ela correu para o palco durante um show do pai e se recusou a sair. O gesto espontâneo rendeu a oportunidade de cantar sozinha “Me Abraça e Me Beija”, de Lazzo Matumbi, arrancando aplausos e consolidando sua presença artística. Desde então, passou a dividir apresentações com Jimmy Cliff, misturando inglês e português. Também cantou com Margareth Menezes na infância e, mais de duas décadas depois, voltou a gravar com a artista baiana, reforçando seus laços com a música de sua terra.
Embora tenha crescido entre turnês internacionais, Nabiyah conta que viveu uma infância típica de uma menina baiana, imersa na cultura da rua, na música e no convívio comunitário. Fez teatro aos 11 anos e encontrou nos palcos o espaço ideal para se expressar. Aos 18, mudou-se para Nova York para estudar artes e, ali, trilhou um caminho marcado por peças, apresentações em bares de música brasileira e produções teatrais de grande porte. Em 2018, deu um salto para o cinema ao interpretar Linda em Black Panther, da Marvel Studios, e mais tarde brilhou como Simone Jackson em Daisy Jones & The Six, da Prime Video — personagem que ecoa temas como força, resistência e a busca por espaço na música, tão presentes em sua própria história.








