O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), confirmou nesta semana o fim da aliança política com o PDT, encerrando um ciclo de cinco anos de parceria entre os dois partidos na capital baiana. O rompimento ocorre em meio ao movimento do PDT para integrar a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), com quem a sigla tem intensificado articulações nas últimas semanas.
A declaração de Bruno veio logo após o pedido de exoneração de Andrea Mendonça, secretária municipal do Mar e irmã do deputado federal Félix Mendonça Jr., presidente estadual do PDT. A saída de Andrea foi o primeiro gesto concreto de distanciamento do partido em relação à atual gestão. A legenda já orientou seus filiados a entregarem os cargos que ocupam na administração municipal.
Em nota, o prefeito argumentou que a presença de Carlos Lupi, presidente nacional licenciado do PDT, no ministério da Previdência do governo Lula (PT) inviabiliza a continuidade da aliança. “Entendo que o presidente do PDT, sendo ministro do governo do PT, seria muito difícil mantermos nossa aliança para 2026. Agradeço ao partido pelo apoio nas minhas duas últimas eleições, mas, a partir de agora, seguimos caminhos diferentes”, afirmou Bruno.
Apesar do rompimento institucional, Bruno Reis sinalizou que espera manter o apoio de lideranças pedetistas na capital e em outras regiões do estado. “Tenho a convicção de que diversos amigos e parceiros do PDT seguirão o nosso projeto político em Salvador e na Bahia”, disse. A movimentação política do PDT deve ser oficializada até a próxima sexta-feira.