Após o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso das vendas das joias recebidas da Arábia Saudita, aliados do entorno do ex-mandatário passaram a temer que ele seja preso. Esse já é o segundo indiciamento de Bolsonaro. O primeiro ocorreu em março, no inquérito que investiga fraude no cartão de vacinas.
Bolsonaristas ouvidos pela CNN afirmam que os crimes são graves, mas alegam “perseguição” e por isso o risco de pedido de prisão. Entretanto, segundo eles, a alta popularidade de Bolsonaro pode blindá-lo e impedir que o encarceramento seja decretado pela justiça.
Inquérito, que foi encaminhado pela Polícia Federal (PF) ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (05), está em sigilo e ainda não foi acessado pela defesa do ex-presidente. Porém, já se sabe que a PF acusa Bolsonaro de, pelo menos, três crimes: organização criminosa (5 a 10 anos de reclusão), lavagem de dinheiro (3 a 10 anos de reclusão) e peculato (2 a 12 anos de reclusão).
Eleições 2026
A ala bolsonarista mantém o foco nas eleições de outubro deste ano, visando o pleito de 2026, já que, até lá, tudo pode acontecer.
Uma fonte ouvida pela CNN relembrou, inclusive, o caso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que passou da condição de condenado e preso à presidente da República.