A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou a proposta que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 mensais, em uma medida vista como avanço importante para fortalecer a justiça fiscal e aliviar o peso tributário sobre trabalhadores e trabalhadoras. A mudança, promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segue agora para votação no plenário e, se aprovada, passa a valer em 2026. Atualmente, a isenção efetiva está em R$ 3.036, e o novo patamar deve beneficiar cerca de 25 milhões de contribuintes, reduzindo ou eliminando o imposto de grande parte da população assalariada.
O projeto também inclui um desconto progressivo para rendimentos entre R$ 5.000 e R$ 7.350, garantindo uma transição gradual. Ao mesmo tempo, estabelece um imposto mínimo de 10% para altas rendas, medida que busca corrigir distorções e garantir que contribuintes mais ricos contribuam proporcionalmente mais. A cobrança será aplicada para quem recebe acima de R$ 600 mil por ano, chegando ao patamar integral para rendas superiores a R$ 1,2 milhão anuais, reforçando o princípio de progressividade tributária.
Mesmo com divergências pontuais durante a sessão, a aprovação ocorreu por acordo e marca um passo relevante na ampliação de direitos e na busca por maior equilíbrio entre arrecadação e proteção social. O governo afirma ainda que pretende discutir mecanismos para garantir a atualização contínua da tabela, tema que voltou ao debate diante da defasagem histórica acumulada nos últimos anos. A expectativa no Senado é concluir a votação ainda esta semana, consolidando uma política que poderá ampliar o poder de compra de milhões de famílias e reforçar o compromisso com um sistema fiscal mais justo.
