A mais recente pesquisa Quaest aponta para um possível ponto de virada na avaliação do governo Lula. Após meses de queda contínua, a taxa de aprovação voltou a subir e se aproximou da desaprovação, dentro da margem de erro: 48% dos entrevistados aprovam a gestão, enquanto 49% desaprovam. É a primeira vez desde janeiro que os dois índices se igualam, indicando uma recuperação do fôlego político do governo.
Os dados sugerem uma lenta, porém consistente, reconquista da confiança popular, especialmente após o momento mais crítico da gestão em maio, quando a desaprovação atingiu 57%. De lá para cá, indicadores econômicos mais positivos, o fortalecimento de programas sociais e a atuação internacional do presidente contribuíram para uma melhora na imagem do governo junto à opinião pública.
Analistas também destacam o papel da postura institucional de Lula na defesa da democracia e da soberania nacional como fatores que ajudaram a reverter a curva de desgaste. A maturidade política demonstrada em meio a tensões e críticas teria sido decisiva para reconstruir parte do apoio perdido ao longo do primeiro semestre.
Embora o cenário ainda seja desafiador, o empate técnico entre aprovação e desaprovação devolve ao governo um espaço mais competitivo na disputa de narrativas políticas. A continuidade dessa tendência dependerá, nos próximos meses, da consolidação de resultados concretos na economia e da capacidade do Planalto de manter o protagonismo no debate público.