Nos últimos meses, Ilhéus tem enfrentado uma onda de violência que escancara o abandono do poder público e o sentimento de insegurança crescente entre os moradores e turistas. Episódios de tiroteios, assaltos e ameaças em plena luz do dia estão se tornando parte da rotina da cidade, inclusive nas praias — tradicionalmente locais de lazer e turismo. Em meio ao caos, uma pergunta ecoa: cadê a Guarda Municipal?
No ano passado, foram entregues três quadriciclos à Guarda Civil Municipal de Ilhéus (GCMI), com o objetivo de reforçar a presença ostensiva nas praias e ampliar a capacidade de patrulhamento. Os equipamentos, que deveriam estar circulando diariamente pelas orlas da cidade, simplesmente desapareceram do cenário. A população não vê agentes nas praias, não vê ações preventivas e, principalmente, não vê respostas.
A criminalidade perdeu o medo. Quadrilhas circulam livremente, e a ausência de fiscalização reforça a sensação de impunidade. Enquanto isso, o prefeito Valderico Júnior permanece em silêncio, assim como o Governo do Estado, que também tem responsabilidade pela segurança pública. O que se vê é uma cidade abandonada, não só nos últimos dias, mas há anos — um ciclo de negligência que parece não ter fim.
“Servir e proteger” quem? Essa é a pergunta que muitos ilheenses estão fazendo diante da omissão das autoridades. Onde está o comandante da Guarda Municipal? Onde estão os planos de ação para garantir a segurança da população? Ilhéus pede socorro — e não é de hoje. A população exige respostas concretas e atitudes urgentes, antes que a cidade perca totalmente o controle.