Sob a gestão do prefeito Bruno Reis (União Brasil), Salvador continua enfrentando sérios desafios no setor educacional, amargando, pelo segundo ano consecutivo, o pior índice de alfabetização infantil entre todas as capitais do Brasil. Os dados, divulgados na sexta-feira (11) pelo Ministério da Educação, revelam que apenas 36,75% das crianças da rede pública da cidade foram alfabetizadas em 2024. Esse desempenho é ainda mais alarmante quando comparado a 2023, quando o índice era de 39,2%, refletindo um retrocesso no processo educacional.
O resultado não apenas coloca Salvador abaixo da meta estabelecida pelo próprio Ministério da Educação (45,52%), como também a distancia consideravelmente da média nacional de alfabetização, que foi de 59,2%. Esses números demonstram a fragilidade do sistema de ensino da capital baiana, que, por mais um ano, não consegue oferecer as condições mínimas para garantir o aprendizado básico de suas crianças.
O levantamento divulgado faz parte do Indicador Criança Alfabetizada, um dos pilares do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA), e indica que Salvador não atingiu sequer o nível 1 de alfabetização. Esse dado evidencia as dificuldades enfrentadas pela rede municipal de ensino, que, além de não alcançar os resultados desejados, está operando em um cenário de extrema vulnerabilidade.
Em meio a esse cenário desolador, a greve dos professores, que já dura 70 dias, agrava ainda mais a situação. A paralisação é uma resposta às condições de trabalho precárias, à falta de valorização profissional e à retirada de gratificações por parte da gestão municipal. Enquanto a crise educacional se aprofunda, milhares de crianças seguem sem aulas, sem a chance de aprender a ler, e, consequentemente, sem perspectivas de um futuro melhor.