Um estudo recente realizado em plataformas digitais revelou que a maioria esmagadora dos usuários percebe o governo do presidente argentino Javier Milei como corrupto. O levantamento foi impulsionado pelo vazamento de um áudio que associa os termos “família presidencial”, “medicamentos” e supostas irregularidades em contratos públicos. A gravação envolve diretamente Karina Milei, irmã do presidente, além dos primos Martín e Luule Menem, e provocou uma forte repercussão nas redes sociais.
Segundo o relatório de análise emocional elaborado pela consultoria Horus, 86% dos comentários no Instagram e Facebook classificam o governo Milei como corrupto. A reação nas redes foi imediata e intensa, evidenciando o desgaste da imagem do presidente em meio a escândalos que colocam sua família no centro das acusações.
Por outro lado, cerca de 11% dos usuários saíram em defesa do governo, alegando que o episódio se trata de uma estratégia do kirchnerismo para desestabilizar Milei politicamente. Segundo esses defensores, o caso estaria sendo explorado pela mídia e por jornalistas críticos ao governo, como parte de uma articulação pré-eleitoral.

Apesar das denúncias, os processos relacionados à gravação não avançaram na Justiça por falta de provas materiais. Isso fortaleceu entre os apoiadores de Milei a narrativa de perseguição política. Analistas também apontam que, nesse contexto, há uma atuação coordenada de perfis digitais — financiados ou não pelo Estado — que buscam distorcer o debate público e desviar o foco da informação. Desde a divulgação do áudio, tanto Karina Milei quanto outras autoridades têm evitado se pronunciar, mantendo silêncio enquanto a crise repercute no ambiente digital e político.